sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Tradições Académicas no Porto
Uma exposição em 1995


Em 1995, no âmbito da Semana de Recepção ao Caloiro, a Associação de Estudantes da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto organizou uma exposição sobre as Tradições Académicas no Porto. Ou, mais precisamente, sobre a sua História. Embora eu não pertencesse à Direcção da Associação, nem sequer fosse (pelo menos oficialmente) colaborador, fui o principal responsável pela recolha e organização do material exposto, redacção das legendas explicativas, etc. Fui ajudado nestas tarefas pelo responsável pelo Departamento de Tradições Académicas, Pedro Marques, que também teve a seu cargo alguns aspectos mais logísticos e/ou burocráticos.

Sem falsas modéstias, creio que conseguimos reunir uma amostra interessante e significativa. O material exposto provinha maioritariamente do Museu de História da Medicina Maximiano Lemos (da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto), do Museu do Orfeão Universitário do Porto e da colecção de fotografias da Associação de Antigos Alunos da Universidade do Porto (inactiva; esta colecção estava à guarda do Conselho Directivo do ICBAS). Em menor medida, emprestaram algumas peças o Museu de Mineralogia e Estratigrafia e vários particulares (entre os quais recordo Flávio Serzedello de Oliveira, dr. Álvaro Andrade, dr. Luís Abrunhosa Vasconcelos e Doutor Fernando Noronha).

Estupidamente, e assumo inteiramente a minha culpa nisto, não foi feito um catálogo da exposição, nem sequer uma documentação fotográfica em condições. Restam dela hoje em dia as quatro fotografias abaixo, vários painéis com as (pequenas) legendas e as fotocópias expostas (nos casos em que não estavam expostos os originais) e a lista dos objectos emprestados pelo Museu de História da Medicina.


Nesta fotografia apareço a falar com o dr. Rui Bessa, então presidente da Direcção (ou talvez da Assembleia Geral) da Associação dos Antigos Orfeonistas da Universidade do Porto. Pelo painel para o qual aponto, estou provavelmente a explicar que o Traje Académico Feminino não surgiu no OUP (nesse painel havia uma fotografia dos anos 20 de uma aluna do Liceu Alexandre Herculano com Traje Académico).


Aqui apareço a falar com uma jornalista. Em fundo, vários painéis sobre o Traje Académico.


Nesta fotografia, pode ver-se um então aluno da FCUP (Jorge Reis Sá), lendo um artigo sobre uma Queima das Fitas dos anos 50 ou 60.


Nesta última fotografia vê-se um expositor com pastas de quintanista de luxo (do Museu de História da Medicina, com uma excepção) e uma mais recente (anos 60) de "semi-luxo" (do Doutor Fernando Noronha). Em fundo, um painel com alguns cartazes da Queima das Fitas dos anos 60, 80 e 90 (embora, devido ao expositor em frente, só se consiga ver aqui, e em triplicado, o cartaz de 93).